O assunto do dia foi o roubo descarado no Museu do Louvre, em Paris, com a subtração de oito joias de valor inestimável, em plena luz do dia, num típico domingo no local em que, só em 2024, recebeu 8,7 milhões de visitantes. Para que o crime se concretizasse, os bandidos nem precisaram estar armados. Segundo a agência Reuters, uma esmerilhadeira serviu para ameaçar os guardas.
As investigações apontam que os criminosos tiveram o auxílio de um guindaste para entrarem no prédio da Galerie d’Apollon, uma das salas mais importantes do Louvre, onde estão abrigadas as joias da Coroa Francesa. Após o roubo, até tentaram incendiar o equipamento, mas não tiveram sucesso.
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A invasão se deu por volta de 9h30, logo após a abertura do museu para visitação. O roubo levou de seis a sete minutos, realizado por quatro pessoas. Durante a fuga, os bandidos perderam a coroa da esposa de Napoleão 3º, a Imperatriz Eugênia, informou a Reuters.
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Incômodo sobre segurança
O roubo levanta questões incômodas sobre a segurança no Louvre, onde a falta de investimento já foi alertada por autoridades. O presidente francês, Emmanuel Macron, prometeu levar os criminosos à Justiça.
“Recuperaremos as obras, e os responsáveis serão levados à justiça. Tudo está sendo feito, em todos os lugares, para alcançar esse objetivo, sob a liderança do Ministério Público de Paris”, escreveu Macron na rede social X.
No início deste ano, autoridades do Louvre solicitaram ajuda urgente do governo francês para restaurar e renovar salas de exposição envelhecidas, a fim dar melhor proteção para as inúmeras obras de arte.
Na mesma postagem no X, Macron afirmou que um novo plano do governo para o Louvre, anunciado em janeiro, “prevê o fortalecimento da segurança”.
Linhas de investigação em aberto
Apesar de manter todas as linhas de investigação em aberto, o Ministério Público parisiense acredita que o roubo tenha sido encomendado por um colecionador. Se for o caso, a possibilidade de os itens serem recuperados em bom estado aumenta.
Em um dos roubos de arte mais ousados da história, a Mona Lisa foi levada do Louvre em 1911, em um assalto envolvendo um ex-funcionário. O suspeito foi pego, e a pintura foi devolvida ao museu dois anos depois.