Aos 21 anos, a estudante de fisioterapia Luísa representa uma geração que já fala de finanças com naturalidade. Incentivada pelo pai, ela começou a investir aos 18 com o dinheiro que ganhou de presente e decidiu não gastar — mas multiplicar. “Meu pai me incentivou muito. Ele fez como se fosse uma poupança pra mim. A primeira coisa que pensei foi: vou reinvestir”, conta.
O começo foi pelos fundos de CDI, opção mais segura para quem está entrando no mercado. Hoje, Luísa tem carteira variada e aplica também em fundos de maior risco.
O Raio X do Investidor, pesquisa da Anbima, mostra que os jovens entre 16 e 28 anos já representam 25% dos investidores brasileiros. E, ao contrário das gerações anteriores, essa turma aprende sozinha: metade usa o YouTube para se informar e 37% recorrem ao Instagram.
“Eu sigo criadores de conteúdo de vários lugares, até de fora do Brasil. Aprendo com quem fala de investimento de jeitos diferentes”, explica Luísa.
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Pressa é inimiga da riqueza, alertam especialistas
O economista Fábio Mourad, CEO da Super ETF Educação, aponta que os jovens estão mais bem informados — mas também mais apressados. “Eles não têm medo de correr riscos, mas falta método. Muitos querem resultados rápidos e acabam caindo em promessas fáceis”, alerta.
Para ele, o segredo continua o mesmo: planejamento e paciência. Antes de ações ou criptos, é essencial criar uma reserva de emergência e depois investir em renda fixa, como Tesouro Direto ou CDBs.
Tempo é o maior aliado de quem começa cedo
O ponto forte da geração Z é o tempo: quem investe cedo deixa os juros compostos trabalharem a favor. “Comece com pouco, mas comece agora. O tempo é o maior aliado”, reforça Mourad.
Com método e foco no longo prazo, a independência financeira pode vir mais rápido do que parece.
Por Lucas Escórcio
