E se uma área de reflorestamento fosse equivalente a 45 campos do Maracanã, 80 mil vagas de estacionamento, ao bairro inteiro da Liberdade, em São Paulo, ou à metade de Ipanema, no Rio de Janeiro? Graças ao “plantador urbano” Helio da Silva, de 74 anos, um bairro da periferia de São Paulo ganhou um dos mais importantes parques lineares do país.
Morador da Zona Leste de São Paulo, Hélio plantou mais de 42,6 mil árvores e transformou uma região de córrego, na capital paulista, em floresta. Em 2002, a área estava deteriorada e cheia de lixo.
Com terra fértil, mas para o crime, o local era alvo de reclamações de roubos. Foi então que o “plantador urbano” começou a se dedicar tornar a região em floresta nas margens do córrego.
“Fui empresário bem-sucedido, fui executivo bem-sucedido em empresas, mas lá eu estava, e o que sou mesmo é plantador de árvores. Eu via que essa região onde moro estava mais degradada. Lá, em novembro de 2003, eu resolvi mudar todo esse ambiente”, contou o ativista.
Estamos falando de mais de duas décadas plantando 42 mil árvores no local que, hoje, é o Parque Linear de Tiquatira. Helio contou que, no começo, foi pressionado a parar, mas resistiu e continuou.
“Encarei aquilo como um grande desafio e um legado. E eu resolvi fazer. Hoje são, na realidade, 42.650 árvores. Vai completar, agora em novembro, 22 anos. Criamos aqui, em 2008, o primeiro e maior parque linear da cidade de São Paulo e o quarto parque linear do mundo.
A entrada do Parque Linear Tiquatira é gratuita. Os portões também ficam abertos nos finais de semana.
Veja fotos do Parque Linear Tiquatira






Raphael Thebas