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“Nenhum pedido do governador Cláudio Castro até agora foi negado”, diz Lewandowski sobre acusação de recusar ajuda

Ministro da Justiça diz que governo federal tem atendido todos os pedidos do estado e cita transferências de líderes de facções para presídios federais

Em coletiva de imprensa na tarde desta terça (28/10), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, rebateu a acusação do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), sobre uma possível negação de ajuda ao estado no combate ao crime organizado.

“O Governo Federal tem atuado intensamente, seja com investimentos na área da segurança pública, com fornecimento de armas, de equipamentos, seja na parte prisional também, onde temos investido muito. Recentemente, no começo desse ano, o governador Cláudio Castro esteve no Ministério da Justiça e Segurança Pública pedindo a transferência de líderes das facções criminosas para as Penitenciárias Federais de Segurança Máxima. Foi atendido. nenhum pedido foi negado.”, afirmou o ministro.

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Mais cedo, Cláudio Castro afirmou que “o Rio está sozinho” no combate ao crime organizado. Ele disse que o Governo Federal negou ajuda ao estado, quando solicitado.

“O Rio está completamente sozinho nessa luta hoje”, afirmou o governador em coletiva à imprensa. Segundo ele, “é fácil criticar” o estado quando o governo “está excedendo sua competência”. “Se tiver que exceder, excederemos mais ainda para proteger a nossa população”, disse.

“Infelizmente, desta vez, como ao longo deste mandato inteiro, não temos o auxílio de blindados nem de agentes das forças federais de segurança e da defesa”, disse Castro.

Mais cedo, o MJSP emitiu uma nota em resposta às declarações do governador. “Desde 2023, foram 11 solicitações de renovação da FNSP (Força Nacional de Segurança Pública no território fluminense. Todas aceitas”, diz a nota.

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Durante a coletiva, Lewandowski afirmou que cabe aos estados a responsabilidade pela segurança pública e lembrou da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurançã Pública. “Propusemos ao Congresso Nacional uma PEC da Segurança Pública, que visa exatamente a coordenação das forças federais com as forças estaduais e também com as forças municipais. O compartilhamento de inteligência, ações coordenadas, planejadas antecipadamente, é isso que nós estamos precisando. O crime organizado hoje é um fenômeno ou é uma patologia extremamente preocupante. Não é mais um fenômeno só local, é nacional e até global”, afirmou.

O ministro evitou entrar no mérito da megaoperação realizada hoje no Rio e se solidarizou com as vítimas.

“eu queria enfatizar que o combate à criminalidade, seja ela comum, seja ela organizada, se faz com planejamento, com inteligência, com coordenação das forças. Enfim, não posso julgar porque não estou sentado na cadeira do governador, Mas quero apresentar a minha solidariedade às famílias dos policiais mortos, minha solidariedade às famílias dos inocentes que também pereceram nesta operação. Me coloco à disposição das autoridades. do Rio para qualquer auxílio que for necessário.”, afimou Lewandowski.

Operação Contenção

O governo do Rio de Janeiro realizou nesta terça-feira (28/10) uma megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha para combater o avanço do Comando Vermelho na região que abriga 26 comunidades.

Ao todo, a chamada Operação Contenção mobilizou 2.500 policiais civis e militares e contou também com a participação de promotores do Ministério Público Estadual.

A operação, segundo o governo do Estado, é resultado de mais de um ano de investigação, com mandados de busca e apreensão e de prisão obtidos pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE). Segundo o governo, a ação “visa capturar lideranças criminosas do Rio e de outros estados e combater a expansão territorial do Comando Vermelho”.

Leia mais: O que é a “Operação Contenção”, que mobiliza a polícia e MP no combate ao crime organizado?

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