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Operação no Rio: Quantidade de mortos sobe para 119 e supera massacre no Carandiru

A atualização do número de mortos da "Operação Contenção" para 58 pessoas, sendo 4 policiais e 54 suspeitos.

O governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro (Republicanos), concedeu coletiva de imprensa na manhã desta quarta-feira (29/10) na sede do governo. No evento, o secretário de segurança do estado, Victor Dos Santos, confirmou a atualização do número de mortos da “Operação Contenção” para 119 pessoas, sendo 4 policiais dentre as vítimas.

Leia mais: Número de suspeitos mortos em operação no Rio pode aumentar

No início da manhã, moradores do Complexo do Alemão levaram corpos de pessoas mortas para um praça. Familiares das vítimas começaram a chegar para fazer um “reconhecimento a céu aberto”.

“Queríamos solidarizar com as famílias dos nossos quatro guerreiros que ontem deram a vida para libertar a população. Aquelas foram as verdadeiras quatro vítimas que tivemos ontem. De vítima ontem lá, só tivemos os policiais. E eu rogo a Deus pela vida desses policiais e pelo conforto às suas famílias”, afirmou o político.

Castro disse que a Operação não deve ser politizada e é importante não só para o Rio de Janeiro, como também para “mais de 200 milhões de brasileiros”. O governador ainda cobrou do Governo Federal uma ajuda para financiar mais operações como essa.

“Esperamos do Governo Federal um foco de integração, de trabalho em conjunto e um foco inclusive de financiamento. já que há por parte de algumas autoridades tanta preocupação, então que eles nos ajudem sim a financiar”, disparou.

ENTENDA A OPERAÇÃO CONTENÇÃO

A cidade do Rio de Janeiro viveu um cenário de guerra nesta terça-feira (28/10). Uma megaoperação policial contra o Comando Vermelho nos complexos do Alemão e da Penha, na zona norte, foi deflagrada pelas polícias civil e militar, e o MP-RJ. A ação mobilizou mais de 2.500 agentes e paralisou boa parte da cidade.

Desde o amanhecer, a troca intensa de tiros forçou o bloqueio de ruas, a suspensão de linhas de ônibus e afetou o funcionamento de metrô, trem e VLT. Moradores relataram pânico, com tiroteios contínuos e helicópteros sobrevoando as comunidades. Vídeos publicados nas redes socias mostram blindados circulando em meio a barricadas e fumaça.

Universidades e escolas próximas às áreas de confronto cancelaram as aulas, incluindo a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o Colégio Pedro II. No meio do caos, comerciantes baixaram as portas, e trabalhadores ficaram sem conseguir voltar para casa.

De acordo com a Polícia Civil e o BOPE, o objetivo era capturar lideranças do Comando Vermelho ligadas ao tráfico de drogas e ao roubo de cargas. As autoridades afirmam que os confrontos foram intensos porque os criminosos reagiram à entrada das equipes. “Encontramos resistência armada pesada. O poder de fogo é impressionante”, declarou o delegado Leonardo Rezende, que coordena a operação.

A operação também apreendeu um arsenal de guerra: fuzis, granadas, drogas e rádios comunicadores. Os presos foram levados para a Cidade da Polícia, onde serão identificados e encaminhados à Justiça.

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