O príncipe William, herdeiro do trono britânico, desembarcou no Rio de Janeiro na manhã desta segunda-feira (03/11) e recebeu as chaves da cidade em uma cerimônia realizada no Pão de Açúcar, um dos cartões-postais da capital fluminense. O evento contou com a presença do prefeito Eduardo Paes e ocorreu sob forte esquema de segurança em razão das consequências da Operação Contenção, na semana passada.
Durante o encontro, William conversou brevemente com o prefeito sobre as belezas naturais da cidade e demonstrou preocupação com a segurança, após os episódios de violência registrados na última semana, quando 121 pessoas morreram durante uma megaoperação policial nos complexos da Penha e do Alemão.

Nas redes sociais, o príncipe publicou uma mensagem de agradecimento:
“Foi uma honra receber as chaves da cidade no icônico Pão de Açúcar, antes de alguns dias empolgantes com o Earthshot Prize e o Programa United for Wildlife. Obrigado pela calorosa recepção, prefeito Eduardo Paes.”
A cerimônia do Earthshot Prize, considerado o “Oscar da sustentabilidade”, será realizada nesta quarta-feira (05/11), no Museu do Amanhã, na Zona Portuária. O prêmio vai distribuir R$ 6,5 milhões para cinco projetos de inovação ambiental. A viagem acontece uma semana antes da COP30, cúpula do clima das Nações Unidas que também será sediada no Brasil, e da qual William participará em nome do pai.

O que acontece na terra natal do Príncipe?
A chegada de William ao Brasil acontece dias depois que seu pai, o Rei Charles III, destitui o irmão mais novo do rei, Andrew Mountbatten Windsor, de todos os títulos, honrarias e benefícios da família real. Com isso, Andrew não poderá mais usar os títulos de “Príncipe” e “Duque de York”, além de perder a residência real.
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A mudança vem depois de anos de polêmicas ligadas ao criminoso sexual condenado Jeffrey Epstein, empresário e investidor americano condenado por crimes de abuso e tráfico sexual de menores. Ele mantinha relações com diversas figuras influentes, incluindo o príncipe Andrew, o ex-presidente Bill Clinton e Donald Trump.
Epstein foi preso em 2019, acusado de comandar uma rede de exploração sexual de meninas, mas cometeu suicídio na prisão antes do julgamento. O caso ganhou repercussão mundial e continua a gerar desdobramentos, envolvendo suspeitas de cumplicidade e encobrimento entre poderosos.
