O governador Carlos Massa Ratinho Junior classificou como uma “catástrofe sem precedentes” o tornado que devastou o centro-sul do Paraná na sexta-feira (7/11). O fenômeno, com ventos estimados acima de 250 km/h, destruiu quase 90% das casas e comércios de Rio Bonito do Iguaçu e deixou um rastro de destruição também em Candói e Entre Rios, distrito de Guarapuava.
“Nunca vimos nada igual”
Durante a madrugada, equipes do Corpo de Bombeiros, da Defesa Civil e da Secretaria da Segurança Pública foram mobilizadas para os municípios atingidos.
“Desde os primeiros relatos, nós movimentamos todas as equipes do interior e da capital para apoiar as famílias desabrigadas e socorrer as vítimas. O Hospital de Laranjeiras do Sul já atendeu mais de 200 pessoas feridas”, afirmou o governador.
Ratinho Junior confirmou que ambulâncias, CIATs e tropas de várias regiões, incluindo Cascavel, Guarapuava, Curitiba, Londrina e Maringá — foram deslocadas para reforçar o atendimento. Segundo ele, novas equipes de resgate chegaram ao local por volta das 4h da manhã.
Calamidade e reconstrução
O governador adiantou que vai decretar situação de calamidade pública para agilizar a resposta do Estado.
“Isso nos dá mais velocidade para reconstruir as cidades, abastecer as máquinas das prefeituras com óleo diesel e colocar maquinário pesado nas ruas”, explicou.
A Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar) já prepara uma estratégia emergencial para construção de novas moradias. A primeira etapa é a criação de alojamentos temporários para abrigar as famílias que perderam suas casas.
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Tornado nível 3 e destruição total
De acordo com o governador, o fenômeno é considerado de nível 3, o mais intenso já registrado nas últimas quatro décadas no Paraná.
“Nós vimos silos gigantescos indo ao chão, postos de gasolina completamente destruídos. Foi um tornado de força devastadora, algo que o estado não presenciava há 30 ou 40 anos”, disse Ratinho Junior.
O governador afirmou que a prioridade neste momento é garantir atendimento médico, segurança e apoio psicológico às vítimas. “Agora cabe a nós preparar uma força-tarefa para reconstruir as cidades e dar amparo às famílias atingidas”, concluiu.
