O Brasil está em clima de festa para celebrar os 90 anos de Maurício de Sousa (27/10) — o gênio por trás da Turma da Mônica, responsável por transformar gerações com humor, sensibilidade e humanidade. E a homenagem veio em grande estilo: o filme biográfico do quadrinista acaba de chegar aos cinemas, com Mauro Sousa, seu próprio filho, no papel principal.
O roteiro de família que todo mundo queria
Ator por formação e diretor executivo da MSP Studios, Mauro revelou à TMC que viver o pai nas telonas foi um “mix de sentimentos”. “O Mauro filho estava muito emocionado, mas ao mesmo tempo muito feliz”, contou. A estreia no cinema não poderia ser mais simbólica: foi logo interpretando o homem que criou o Bairro do Limoeiro e deu vida a Mônica, Cebolinha, Magali e Cascão.
O longa percorre a trajetória do artista desde a infância até a publicação da primeira tirinha da Turma da Mônica — um mergulho nostálgico e afetivo na origem dos personagens que marcaram a infância de milhões de brasileiros.
Leveza, emoção e muito Limoeiro
Segundo Mauro, o filme tem a “pegada leve, fofa e autêntica” que define o próprio Maurício. O criador participou ativamente do roteiro ao lado do diretor Pedro Vasconcelos, garantindo que o resultado refletisse fielmente sua visão. “Tem bastante dedo dele ali”, brinca o filho.
O carinho dos fãs, segundo Mauro, é o motor que mantém viva a MSP. “Esse afeto é muito verdadeiro. A gente sente o amor das pessoas como se meu pai fosse um paizão de todo mundo. Ele é o pai do Brasil”, disse emocionado.
De ícone pop a patrimônio cultural
Hoje à frente da gestão da MSP ao lado da irmã Marina e do sobrinho Marcos, Mauro reforça o compromisso de preservar e atualizar o legado do pai. “A Mônica é um ícone pop da cultura brasileira”, afirmou — comparando a personagem ao Mickey Mouse pela força simbólica.
E a homenagem vai além das telas: o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, enviou à Câmara um projeto de lei para tornar a obra de Maurício patrimônio cultural e imaterial da cidade. Um reconhecimento mais que justo para o artista que desenhou o imaginário de um país inteiro.
Confira entrevista.
