O exército de Israel anunciou nesta quarta (29/10) que retomou o cessar-fogo em Gaza em meio ao conflito contra o Hamas. O anúncio vem logo após uma sequência de bombardeios que matou mais de 100 palestinos.
O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, afirma que são 104 mortos e 253 feridos após os ataques, iniciados na última terça (28/10) por ordem de Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelense, que acredita que o Hamas teria cometido violações ao acordo de cessar-fogo. Ainda segundo o Ministério da Saúde, entre os mortos, 66 – isto é, mais da metade dos mortos – são mulheres ou crianças.
No comunicado, o exército israelense afirmou que “as IDF [Forças de Defesa de Israel] continuarão a manter o acordo de cessar-fogo e responderão firmemente a qualquer violação dele”. Israel Katz, ministro da Defesa de Israel, afirmou que “não haverá imunidade para nenhuma liderança do Hamas”. O Hamas, por sua vez, afirmou que rejeita as acusações de Israel e acusa o país de violar o acordo de cessar-fogo, apontando para os últimos bombardeios como evidência.
O último ataque de Israel em Gaza marca a segunda vez, desde o anúncio do fim da guerra, que o país rompeu temporariamente um acordo de cessar-fogo para realizar bombardeios; a primeira vez ocorreu no dia 19 outubro, num ataque que deixou dezenas de mortos.
