A China resolveu dar um “up no controle das redes” e implementar uma lei controversa: influenciadores precisam ter diploma na área que falam. Já em vigor, a nova regra promete mudar o jogo para quem cria conteúdo por lá, como se fosse um especialista em setores essenciais, como medicina e educação.
A ideia do governo chinês é combater a desinformação on-line e acabar com os “especialistas de internet”, sem o mínimo de formação sobre o tema.
Conforme explicou o jornalista Rodrigo Alvarez, durante o TMC 360, a medida mira, principalmente, quatro setores: finanças, medicina, direito e educação. A grande preocupação é com a galera sem formação que dá dicas de como enriquecer ou emagrecer, enganando muitos seguidores.
De acordo com a informação trazida por Alvarez, a China foi rápida, e muitos influencers já foram “cancelados” por trabalharem sem as licenças.
A decisão chinesa gerou um debate acalorado entre criadores de conteúdo e especialistas em liberdade digital. Enquanto alguns acham que isso garante credibilidade, outros veem um grande risco de “censura disfarçada,” analisou Alvarez.
Alvarez, porém, explicou que a informação errada em setores como a medicina é um “desserviço” que gera custos sérios ao sistema de saúde e problemas judiciais. Não é possível, na visão do analista, cobrar “discernimento” de pessoas, em muitos casos vulneráveis, colocadas em situações com soluções fáceis.
Para o jornalista, a regra do mundo físico deve valer para o digital, onde “informação errada cria prejuízos graves”.
O jornalista ainda avaliou que o jornalismo também sofre com perfis que têm milhões de seguidores, mas não têm “o mínimo de cuidado na apuração”. Muitos jogam uma imagem na rede sem checar, a ação mais básica da profissão. Alvarez conclui que a regulamentação merece atenção e não pode ser totalmente desregulamentada, especialmente em pautas tão sensíveis.
