O Ministério das Relações Exteriores da Colômbia informou na manhã desta segunda-feira (20/10) que o país chamou de volta ao país seu embaixador nos Estados Unidos, depois que o presidente norte-americano, Donald Trump, afirmar que aumentaria as tarifas sobre importações de produtos colombianos e interromperia todos os pagamentos à nação sul-americana.
A disputa entre os dois países se dá devido aos ataques militares dos EUA a embarcações que supostamente transportavam drogas.
Trump também chamou o presidente colombiano Gustavo Petro de “líder do tráfico ilegal de drogas” no domingo (19/10), uma acusação que o governo de Petro disse ser ofensiva.
“Daniel Garcia-Pena, embaixador da Colômbia nos Estados Unidos da América, foi chamado de volta para consultas pelo presidente Gustavo Petro e encontra-se em Bogotá”, informou o Ministério das Relações Exteriores da Colômbia. “Nas próximas horas, o governo nacional informará sobre as decisões tomadas.”
Os comentários de Trump sobre traficantes de drogas marcaram um novo capítulo nas relações conturbadas entre Washington e Bogotá, acusada pelo norte-americano de ser cúmplice do comércio ilícito de drogas.
Petro se opôs aos ataques militares dos EUA contra embarcações no Caribe, que mataram dezenas de pessoas e agravaram as tensões na região. Muitos especialistas jurídicos e ativistas de direitos humanos também condenaram as ações militares.
Trump disse que a ajuda financeira dos EUA à Colômbia seria cortada e os detalhes sobre as novas tarifas seriam revelados nesta segunda-feira, mas não ficou claro a qual financiamento Trump estava se referindo.
A Colômbia já foi um dos maiores destinatários de ajuda dos EUA no Hemisfério Ocidental, mas o fluxo de dinheiro foi repentinamente reduzido este ano pelo fechamento da Usaid, o braço humanitário do governo dos EUA.
Atualmente, a Colômbia paga tarifas de 10% sobre a maioria das exportações para os Estados Unidos, o nível básico que Trump impôs a muitos países.
por Reuters