O famoso Museu do Louvre, no coração de Paris, foi palco de um crime cinematográfico na manhã de domingo (19/10). O local, conhecido como o museu mais visitado do mundo, tem mais de 33 mil obras no acervo contando com tesouros de civilizações antigas, mobiliários, esculturas e pinturas de mestres das artes.
Por conter um acervo tão precioso e ter recebido quase nove milhões de visitantes no ano passado, sendo 80% estrangeiros, era de se esperar que a segurança do museu seria imbatível. Entretanto, em uma ação de sete minutos, ladrões entraram no local por uma janela e levaram oito peças da coleção de joias e pedras preciosas da Galeria de Apolo, onde ficam relíquias e tesouros da realeza francesa. As peças têm valor inestimável.
Ninguém ficou ferido e nenhum tiro foi disparado. A ação, descrita pelas autoridades francesas como “cirúrgica” obrigou o fechamento imediato do museu. Turistas que estavam no local foram retirados às pressas.
A invasão ocorreu por volta das 9h30 (horário local), cerca de meia hora após a abertura do Louvre. De acordo com as autoridades francesas, ao menos quatro pessoas participaram do roubo. Dois suspeitos utilizaram um guindaste acoplado a um caminhão estacionado às margens do Rio Sena para alcançar e arrombar uma janela do edifício.
Dentro da Galeria de Apolo, os ladrões quebraram as vitrines, recolheram as peças e fugiram de moto com a ajuda de comparsas.
Segundo o Ministério Público da França, oito joias foram levadas. Uma delas, a coroa da imperatriz Eugênia, esposa de Napoleão III, já foi recuperada, embora danificada, em uma rua próxima ao museu. A peça é adornada com 1.354 diamantes e 56 esmeraldas.
Entre os itens que permanecem desaparecidos estão:
- Coroa com safiras de quase 2.000 diamantes;
- Colar com oito safiras do Sri Lanka e mais de 600 diamantes da rainha consorte Maria Amélia;
- Conjunto de colar e brincos da imperatriz Maria Luísa, segunda esposa de Napoleão Bonaparte, com 32 esmeraldas e 1.138 diamantes;
- Broche da imperatriz Eugênia, com 2.634 diamantes, adquirido pelo Louvre em 2008 por € 6,72 milhões (cerca de R$ 42,2 milhões).
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O item mais valioso da coleção, o diamante Regent, de 140 quilates e avaliado em cerca de US$ 60 milhões (R$ 377 milhões), não foi levado.
Até o momento, ninguém foi preso ou identificado. Investigadores analisam imagens de câmeras de segurança e interrogam funcionários do museu para tentar localizar os autores. Uma das suspeitas é de que algum trabalhador possa ter colaborado com o grupo, que utilizava coletes amarelos como disfarce.
Em publicação na rede X (antigo Twitter), o presidente Emmanuel Macron prometeu empenho total na recuperação das joias e punição aos responsáveis:
“O roubo do Louvre é um ataque a um patrimônio que prezamos, parte da nossa história. Recuperaremos as obras e os criminosos serão levados à Justiça.”
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