O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a defender o interesse em se reunir com o presidente americano, Donald Trump. Um possível encontro entre ambos pode ocorrer em Kuala Lumpur, na Malásia, no domingo (26). O petista cumpre agenda na Ásia, com primeira passagem na Indonésia.
“Eu tenho todo interesse em ter essa reunião. Tenho toda disposição em defender os interesses do Brasil e mostrar que houve equívocos nas taxações ao Brasil. Eu quero provar isso”, disse Lula em entrevista coletiva em Jacarta, antes de embarcar para Kuala Lumpur.
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O presidente também destacou o interesse em discutir a punição dos Estados Unidos contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Muitos deles tiveram os vistos cancelados, enquanto Alexandre de Moraes sofreu a sanção mais pesada. Foi alvo da Lei Magnitisky, medida cujo objetivo é asfixiar a vida financeira dos sancionados.
“Também quero discutir um pouco a punição que foi dada a ministros brasileiros da Suprema Corte, que não tem nenhuma explicação, nenhum entendimento”, continuou Lula.
Perguntado sobre o que o Brasil ofereceria nas negociações, Lula disse que não impôs veto sobre quaisquer temas que, eventualmente, Trump queira discutir. Entre as pautas, listou terras raras e mediação sobre guerras na Ucrânia e Gaza.
“Podemos discutir de Gaza à Ucrânia, Rússia, Venezuela, materiais críticos, minerais, terras raras. Podemos discutir qualquer assunto. O que eu disse é que não tem veto. Vamos depender do que ele vai propor”, considerou o presidente.
