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Por que a NASA está em “silêncio” sobre o misterioso cometa interestelar 3I/ATLAS?

Cometa 3I/ATLAS, vindo de fora do Sistema Solar, será observado de perto pela NASA e por telescópios internacionais antes de desaparecer para sempre

Descoberto no último mês de julho, o cometa interestelar 3I/ATLAS, terceiro objeto já detectado vindo de além do Sistema Solar, vem intrigando os astrônomos. Ele, que veio de uma estrela desconhecida, traz pistas sobre a formação de mundos em regiões remotas da Via Láctea.

Sua trajetória é rápida. Depois de passar perto da órbita de Marte, o cometa se aproxima do ponto mais próximo do Sol, o periélio, que deve ocorrer na próxima quarta-feira (29).

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O fenômeno é uma chance bem rara para os cientistas estudarem de perto um corpo celeste que, em breve, voltará ao espaço interestelar e jamais será visto de novo.

Terra vista do espaço
Cometa 3I/ATLAS intriga cientistas (Foto: Freepik)

NASA e as especulações

A paixão pelo 3I/ATLAS veio acompanhada de perguntas sobre a falta de informações por parte da NASA. Enquanto a Agência Espacial Europeia (ESA) e observatórios terrestres estiveram divulgando atualizações, a agência norte-americana seguiu mais discreta, o que alimentou rumores e teorias conspiratórias.

Segundo o portal Olhar Digital, a explicação é complicada em vez de misteriosa. Parte das atividades da NASA foi afetada por um shutdown no governo dos Estados Unidos, que suspendeu verbas e atrasou a liberação de dados e relatórios técnicos.

Essa limitação fez com que o público achasse que as informações estavam sendo escondidas, inclusive sobre possíveis “anomalias” do 3I/ATLAS.

Ainda de acordo com o site, alguns chegaram a defender a chance de existir um “acordo internacional de silêncio” entre agências espaciais para evitar especulações sobre uma possível tecnologia alienígena. Nenhum boato foi comprovado.

O que os cientistas já sabem

As observações do Telescópio Espacial James Webb indicam que o 3I/ATLAS tem uma composição dominada por dióxido de carbono (CO₂) em sua coma (nuvem gasosa que envolve o núcleo).

Essa característica é incomum, mas não inédita, e sugere que o cometa se formou em um ambiente extremamente frio, bem longe de sua estrela de origem.

Estudar esse tipo de material “primitivo” ajuda a entender como planetas em diferentes regiões da galáxia se formam e se o nosso Sistema Solar segue um padrão.

Hipóteses levantadas

O 3I/ATLAS já é considerado um cometa real. Mesmo assim, o astrofísico Avi Loeb, de Harvard, chegou a sugerir que o objeto poderia ser fragmento de tecnologia extraterrestre, ideia parecida com a que ele teve sobre o ‘Oumuamua no ano de 2017. Quase todos os pesquisadores, enfim, rejeitam essa teoria.

Corrida contra o tempo

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Com o periélio se aproximando, agências espaciais de vários países usam telescópios e sondas para captar o máximo possível de informações antes que o cometa desapareça de vez.

Após a passagem pelo Sol, o 3I/ATLAS poderá ser observado novamente em dezembro, de forma mais discreta, quando se aproximar da Terra. Dados de observatórios como o Gemini Sul, o Keck e o Webb deverão ajudar a entender melhor sua estrutura e origem.

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