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Por que sentimos que o tempo voa? Pesquisa aponta mudanças no cérebro

Os pesquisadores utilizaram um algoritmo de computador chamado Greedy State Boundary Search (GSBS) para mapear as transições entre diferentes padrões de atividade neural

A impressão de que os dias estão mais curtos e os anos passam em um piscar de olhos não é apenas uma sensação subjetiva. Uma pesquisa conduzida por universidades do Reino Unido, Holanda e Canadá aponta que o cérebro humano realmente processa o tempo de maneira distinta conforme envelhece, o que pode explicar por que os adultos mais velhos sentem que a vida passa mais rápido.

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O trabalho, publicado na revista Communications Biology, reuniu 577 participantes com idades entre 18 e 88 anos. Eles assistiram a um trecho de oito minutos do curta-metragem Bang! You’re Dead (1961), de Alfred Hitchcock, enquanto eram monitorados por ressonância magnética funcional e eletroencefalograma.

A escolha do filme, marcado por cenas de suspense, visou provocar reações semelhantes entre os voluntários e permitir a observação detalhada das respostas cerebrais.

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Os pesquisadores utilizaram um algoritmo de computador chamado Greedy State Boundary Search (GSBS) para mapear as transições entre diferentes padrões de atividade neural.

Relógio de despertador
As conclusões reforçam que a percepção do tempo não é apenas psicológica, mas tem base neurológica – Foto: Freepik

A análise mostrou que, com o envelhecimento, o cérebro tende a mudar de estado com menor frequência. Em outras palavras, há menos “marcos” neurais sendo registrados ao longo do tempo, o que faz com que o fluxo dos acontecimentos pareça mais contínuo e, portanto, mais rápido, segundo o portal Olhar Digital.

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De acordo com os cientistas, essa menor alternância de estados cerebrais reduz a quantidade de eventos percebidos pelo cérebro em um mesmo intervalo. Como o número de memórias formadas é menor, o tempo subjetivamente “encurta”. A pesquisa também identificou que quanto mais frequentes são as mudanças nos padrões de atividade, melhor é a memória e a capacidade de atenção.

O grupo agora busca aplicar esses achados em terapias voltadas para a estimulação cognitiva de pessoas idosas. A ideia é desenvolver técnicas que ajudem o cérebro a distinguir melhor os acontecimentos, ampliando a sensação de passagem do tempo e reforçando a formação de novas memórias, especialmente entre aqueles que apresentam sinais iniciais de demência.

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O envelhecimento, ao alterar o ritmo de processamento cerebral, muda também a forma como o indivíduo vivencia o mundo ao redor, o que ajuda a entender por que, para muitos, os anos parecem correr mais depressa à medida que o tempo avança.

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